O presidente Michel Temer sancionou nesta quarta-feira (22) a lei que cria o Dia Nacional do Ciclista. O evento passa a ser celebrado no dia 19 de agosto, em todo o país. A lei foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta.

A data foi aprovada com o propósito de “aprimorar e criar novas oportunidades para promover a educação para a paz no trânsito”, também estimulando o “uso da bicicleta, a cidadania e a mobilidade sustentável e plural”.

Na justificativa enquanto tramitou no Congresso Nacional, o dia 19 de agosto foi escolhido por ser “emblemático”. Nesta data, em 2006, morreu atropelado o biólogo brasiliense Pedro Davison.

Ele foi atingido por um carro aos 25 anos, enquanto andava de bicicleta no Eixão Sul, via expressa da capital federal, que é fechada ao tráfego de veículos aos domingos e se transforma em área de lazer. O motorista foi condenado à prisão no semiaberto por homicídio com dolo eventual. Desde então, a data já é lembrada por ciclistas do país.
Caso Raul

Também na quarta, o Ministério Público do Distrito Federal denunciou à Justiça por homicídio culposo ao volante o motorista de 18 anos envolvido em um outro acidente que provocou a morte de ciclista e marcou o DF. Ele é acusado de atropelar e matar Raul Aragão, em 21 de outubro. Se a Justiça receber a denúncia, Johann Homonnai vira réu pelo crime.

A definição do caso como “homicídio culposo” – quando não há intenção de matar – segue o entendimento da Polícia Civil, que investigou o caso ao longo de 16 dias. A perícia apontou que Johann Homonnai dirigia a 95 km/h no momento da batida, velocidade 58% superior à máxima da via.

Ainda de acordo com as análises, o veículo estava em processo de frenagem no momento da batida porque iria pegar o retorno. “O jovem foi indiciado em razão da imprudência ao conduzir o veículo. O laudo constatou velocidade de 95 km/h numa via de 60 [km/h]”, declarou o delegado da 2ª DP, Laércio Rossetto.

Dicas para pedalar com segurança

Para quem vai começar a pedalar, é importante se dedicar a alguns dias de treinamento para adquirir confiança e o equilíbrio fundamental. “É preciso treinar em um local fechado, seguro para a pessoa e para quem está em volta”, comenta o ciclista Erick Padovan, da ONG “Bike Anjo”.
Depois de praticar e estar confiante em cima da bike, está na hora de ir para a rua. Existem alguns princípios básicos para transitar entre os carros. “Cuidado triplicado, a pessoa tem que estar pedalando defensivamente, pedalar na direita e com muito bom senso.”

“Quem vai começar a pedalar, como meio de transporte deve ter sempre em mente que: ela é um veículo”, continua o voluntário. Padovan também reforça os equipamentos de segurança necessários para isso: capacete, óculos de proteção e luvas.

Caso o ciclista for andar no período da noite, adicionar também a lanterna dianteira e o pisca traseiro, além do item extra e também importante que são os retrovisores.
“Quem vai começar a pedalar, como meio de transporte deve ter sempre em mente que: ela é um veículo.”
O especialista também alerta para uma dica primordial: sempre se lembrar de respeitar as leis de trânsito. “Deve parar no semáforo, não pode conduzir a bicicleta na calçada e não pode usar a contramão”, reforça o ciclista do “Bike Anjo”.

Pedalar em grandes avenidas requer atenção. A orientação da ONG é sempre “ocupar” a faixa da direita e em ruas de mão única sempre ficar no canto direito da via. “Pedalar é pensar no melhor para você e no melhor para o próximo.”

Por Gabriel Luiz e Fabiano Costa, G1
23/11/2017 09h42 Atualizado 23/11/2017 11h11

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